quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Exploração Infantil no canal Futura

Na ultima segunda, dia 27/10, o jornal Futura leva ao ar uma série de matérias feitas na Região Nordeste, sobre o tema da exploração sexual infantil. A série é fruto do diálogo com as diversas redes que atuam no estudo e combate deste fenômeno que atinge milhares de crianças e adolescentes em nossa região.

No site www.futura.org.br, é possível acompanhar as reportagens, além de ter acesso ao relato do jornalista José Brito Cunha, responsável pela série.

O link é:
http://www.futura.org.br/main.asp?ViewID=%7BD2EF690E%2D49AB%2D498F%2D9011%2D7957E4D9F702%7D&params=itemID=%7B8164659E%2D1CDC%2D415F%2D92FD%2D7101616CC8D4%7D;&UIPartUID=%7BD90F22DB%2D05D4%2D4644%2DA8F2%2DFAD4803C8898%7D.

Sinopse

O que representa a perda da infância para meninos e meninas vítimas da exploração sexual no Brasil? Foi atrás da resposta para esta pergunta que a equipe de reportagem do Canal Futura, composta pelo repórter José Brito Cunha, o cinegrafista Marco Aciolly e o técnico de áudio André Ramos, percorreu 1500 km por estradas do Nordeste.

O programa vai mostrar as conseqüências de um turismo indesejado que não gera renda e se aproveita da fragilidade de famílias no litoral brasileiro; os projetos de inclusão social de adolescentes que abandonaram suas casas para viver na rua e o papel do estado brasileiro no enfrentamento à exploração sexual infantil.

Atualmente, a exploração sexual comercial não é apenas um problema que acontece com meninas. Meninos também são vítimas de abusos que levam à prostituição na adolescência. No Brasil, segundo a Pestraf – Pesquisa de Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual, existem 241 rotas domésticas e internacionais de tráfico de seres-humanos, principalmente, mestiços e afro-descendentes entre 12 e 24 anos. De Xexéo, no sul de Pernambuco, a Sobral, no oeste do Ceará, mostramos a realidade de famílias que convivem com este problema. Hoje, a mistura entre a bebida e o machismo dentro da família, muitas vezes é o que leva ao abuso sexual, o primeiro passo para que uma criança seja explorada mais tarde para fins comerciais.

No Rio de Janeiro, mostramos a ação conjunta de assistentes sociais, educadores e das polícias civil e militar no recolhimento de moradores de rua, uma das ações preventivas no combate à violência contra a criança e ao adolescente. Em Natal, Recife e Fortaleza, mostramos o movimento do turismo nas praias, a facilidade no contato com adolescentes na noite e o drama de famílias desestruturadas que hoje buscam apoio em projetos sociais, como a Casa de Passagem, no Recife e o Fio de Ariadne, em Sobral. No interior, o problema é ainda mais grave por causa da falta de articulação em rede entre estados e municípios.

Mostramos ainda os desdobramentos do Disque 100 (serviço telefônico gratuito para denúncias de violência contra crianças e adolescentes) e a postura do estado brasileiro no combate à exploração sexual infantil. Ouvimos especialistas como a senadora Patrícia Saboya, o pediatra Lauro Monteiro, Neide Castanha, coordenadora do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Criança e Adolescente, a jornalista Ana Veloso, do Centro Mulheres do Cabo, a defensora pública Maria Amélia Peixoto, do Rio de Janeiro, além, é claro, de famílias.

A série vai ao ar no Jornal Futura a partir de segunda, 27/10 e estréia no Sala de Notícias no dia 3/11. Cinco temas serão abordados: infância, estradas, turismo, projetos sociais e políticas públicas.

Nenhum comentário: